sábado, 13 de outubro de 2012

Que é a vossa vida?


“Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”
[Thiago 4: 14]
. Desde semana retrasada parei para refletir sobre o versículo acima, a mediocridade humana e o que realmente vale a pena ser vivido. E de uma pequena forte crise na quinta-feira passada escrevi o poema abaixo, onde tento sintetizar meus pensamentos sobre o assunto.

Medíocre

Estou cansado, mas nem mil camas poderiam
me dar o descanso que preciso.
Estou exausto, mas nem mil noites conseguiriam
me dar o vigor que necessito.
O que é nossa vida?
Somos um vento que vem e logo passa.
Somos uma flor que murcha e perde sua graça.
Somos… Fomos.
Há uma razão nisto tudo?
Procuro um motivo.
Um vislumbre de alegria.
Sentir-me vivo.
Viver o que penso que faria.
Mas no que resulta tudo isso?
Tudo é passageiro
Nessa máquina de ilusões
Sinto-me um estrangeiro
Sem entender direito as direções.
E do que vale tudo isso?
Vaidade sobre vaidade
Distraímos-nos da seriedade
Criamos nossa própria felicidade
Tememos a idade.
E como ver tudo isso?
Meus olhos não são mais coloridos
Perdoe-me eu falhei em tentar
Ser a pessoa com olhos distraídos
Tudo que vejo não agrada meu paladar
O que é a minha vida?
“Medíocre! Medíocre!”, gritam pra mim as crianças.
“Medíocre! Medíocre!”, falam pra mim as damas.
“Medíocre! Medíocre!”, cochicham pra mim as senhoras.
“Medíocre! Medíocre!”, sussurram pra mim as sepulturas.
Isso é tudo?
Um cristão mediano.
Um aluno mediano.
Um profissional mediano.
Sempre na média, sempre medíocre.
De onde vem?
Esses vislumbres de grandeza?
Esse desejo mais profundo
De sentar-me a mesa
E não ser mais um no mundo?
Do que serve?
Esse desejo de mudar?
De tornar-me uma revolução
Que não seja volátil como o ar
Que não seja vil como um cão?
Sou eu, então o mais triste dos homens?
Certamente eu sei que Nabucodonosor
Levantar-se-ia e diria que não conheço o pó
E outra testemunha afirmaria que não sei o que é dor
E sei que esta outra pessoa seria Jó.
Haverá, portanto, esperança?
Certamente estes mesmos homens que beijaram a morte
Testemunhariam que Ele é soberano e que vive
E que ainda é poderoso para mudar minha sorte
E não deixará o seu santo conhecer a destruição vil e triste
E o que dirá você?
Que sou desvairado, louco, negativista e caxias?
Pressupõe que detém toda verdade?
Ah, meu amigo, não me venha com palavras vazias
Entenda que o que busco vai além, chama-se realidade.
O que é sua vida?
Alguém sabe a saída?
(Vinícius Musselman Pimentel)

. O motivo de tê-lo postado aqui no blog, por incrível que pareça, é encorajar irmãos que talvez estejam vivenciando a mesma situação que eu passei de desânimo e desmotivação. Mas deixe-me continuar a história.
. Após a quinta nebulosa, na sexta-feira à tarde, conversei com meu amigo André, do blog Teologia e Vida (o qual fortemente recomendo leitura) e ele me amparou de muitas maneiras. À noite fui à igreja dele visitá-lo e conhecê-lo e acabei vivenciando a famosa frase: “parece que a pregação foi feita exclusivamente para mim”. E talvez a fosse.
. Naquele dia, um salmo ficou guardado no meu coração e quero compartilhá-lo para que ele possa ser um oásis no deserto das tribulações que talvez você esteja atravessando.

[Salmo 103]
Davídico.
Bendiga o SENHOR a minha alma!
Bendiga o SENHOR todo o meu ser!
Bendiga o SENHOR a minha alma!
Não esqueça nenhuma de suas bênçãos!
É ele que perdoa todos os seus pecados
e cura todas as suas doenças,
que resgata a sua vida da sepultura
e o coroa de bondade e compaixão,
que enche de bens a sua existência
de modo que a sua juventude
se renova como a águia.
O SENHOR faz justiça
e defende a causa dos oprimidos.
Ele manifestou os seus caminhos a Moisés,
os seus feitos aos israelitas.
O SENHOR é compassivo e misericordioso,
mui paciente e cheio de amor.
Não acusa sem cessar
nem fica ressentido para sempre;
não nos trata conforme os nossos pecados
nem nos retribui conforme as nossas iniqüidades.
Pois como os céus se elevam acima da terra,
assim é grande o seu amor
para com os que o temem;
e como o Oriente está longe do Ocidente,
assim ele afasta para longe de nós
as nossas transgressões.
Como um pai tem compaixão de seus filhos,
assim o SENHOR
tem compaixão dos que o temem;
pois ele sabe do que somos formados;
lembra-se de que somos pó.
A vida do homem é semelhante à relva;
ele floresce como a flor do campo,
que se vai quando sopra o vento
e nem se sabe mais o lugar que ocupava.
Mas o amor leal do SENHOR,
o seu amor eterno, está com os que o temem,
e a sua justiça com os filhos dos seus filhos,
com os que guardam a sua aliança
e se lembram de obedecer aos seus preceitos.
O SENHOR estabeleceu o seu trono nos céus,
e como rei domina sobre tudo o que existe.
Bendigam o SENHOR,
vocês, seus anjos poderosos,
que obedecem à sua palavra.
Bendigam o SENHOR todos os seus exércitos,
vocês, seus servos, que cumprem a sua vontade.
Bendigam o SENHOR todas as suas obras
em todos os lugares do seu domínio.
Bendiga o SENHOR a minha alma!
. Amado em Deus, mesmo passando por provações bendiga ao SENHOR porque Ele jamais, JAMAIS, irá deixá-lo, abandoná-lo ou desampará-lo. Simplesmente creia. 

Leia mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Pensamento do Dia "Mártir Inútil"

Mártir Inútil por Mauro Clark

“E ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará.” (1Co 13.3b)

Paulo comenta agora sobre a situação extrema de alguém ser tão dedicado a Deus que se entrega para ser queimado. Talvez estivesse pensando nos três amigos de Daniel - Sadraque, Mesaque e Abede-Nego -, que preferiram “ENTREGAR OS SEUS CORPOS, A SERVIREM E ADORAREM A QUALQUER OUTRO DEUS, SENÃO AO SEU DEUS”. [1] Um caso belíssimo (e real!) de fidelidade a Deus.

Em vez de sacrifício forçado pelas circunstâncias, é mais provável que a ideia embutida no texto (embora absurda) fosse de alguém que, espontaneamente, se deixasse martirizar, com o propósito de mostrar a sua dedicação a Deus.

Em qualquer dos casos, o sacrifício teria sido em vão, se partisse de alguém que não amasse o próximo.

Parece incrível, mas a verdade é que Deus não está interessado em ser adorado e servido por pessoas que não amam! No livro de 1João, o apóstolo não cansa de argumentar que o verdadeiro amor a Deus só existe quando é acompanhado pelo amor aos homens. Dizer que se ama a Deus, e não amar os semelhantes é mentira. [2] A falta de amor ao próximo é prova da inexistência do amor a Deus. [3]

Existe o tipo de crente que não gosta de se envolver com pessoas, orgulhando-se de se relacionar diretamente com Deus. É o “adorador egoísta”. Estuda a Bíblia, lê bons livros, ora regularmente, mas é fechado para os outros. Tenta cuidar do relacionamento vertical - ele e Deus -, mas despreza o horizontal - ele e os homens. Frequenta a igreja, sim, mas para ser edificado com a pregação, para realizar-se cantando hinos e para se divertir conversando com as pessoas de quem gosta. Raramente se dispõe a colocar sobre os ombros um pouco da carga do trabalho da igreja. Não costuma estender a mão a quem dela precisa nem dar de si para que outros cresçam.

Um estilo de vida como esse não satisfaz a Deus. Falta amor. Imagine que alguém assim entrasse um dia na igreja, com uma lata de gasolina na mão e um palito de fósforo na outra, dizendo que iria dar a própria vida para mostrar o quanto adorava a Deus. Muitos clamariam “Oh!”, admirados com a nobreza do gesto, talvez sentindo-se indignos de simplesmente presenciar o valioso sacrifício de um mártir. Mas se houvesse uma pessoa com o mínimo de sabedoria, sua reação seria bem diferente: “Ei, irmão, que tolice é esta? Apesar de falar muito em Deus, você não se envolve com as pessoas, é frio, distante. Pensa que o seu sacrifício vai servir diante de Deus? Vamos, deixe de lado essa gasolina e aprenda a amar. Servindo e ajudando os seus semelhantes, a sua vida será muito mais valiosa a Deus. Venha cá, dê-me um abraço!”.

Não é apenas o crente arredio que precisa cuidar de amar as pessoas. O que trabalha intensamente na igreja também deve estar atento. Nesse caso, a tendência é se considerar sempre ocupado demais, com muita coisa por fazer. E termina cometendo o erro de valorizar mais o serviço do que os próprios irmãos a quem serve!

Por isso é tão comum encontrar líderes atuantes e eficientes enfrentando problemas de relacionamento pessoal. Infelizmente. Corta o coração ver obreiros incansáveis no trabalho do Senhor, zelosos pelo reino de Deus, consagrados à igreja em que se congregam, mas desajeitados ao lidar com os irmãos. Magoam com facilidade, ferem sensibilidades, e sempre há alguém com alguma queixa contra eles. Que pena!

Se você é desses que falham no amor ao próximo, não se deixe impressionar com o “enorme” valor do seu trabalho cristão. Para você, esse valor pode até ser incalculável, mas, para Deus, já está estabelecido: zero. Se o sacrifício de um mártir nada vale se não houver amor, porventura o seu serviço vale?



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pensamento do Dia

TRÊS DIREÇÕES DA VISÃO DO CRENTE
ISAÍAS 45-22

Olhai para o passado para o Senhor que morreu e ressuscitou.
Olhai para o presente para o Senhor que vive está a destra do Pai e intercede por nós.
Olhai para o futuro para o Senhor que virá em poder e glória nos buscar.

“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra; porque e Eu Sou Deus, e não há outro.” Isaías 45-22.

Estamos vivendo um tempo em que muitos estão com suas visões na direção errada.
O nosso adversário tem cegado a muitos, estão vagando em caminhos que parecem direito, mas o fim é de morte.
O que fazer?
Está escrito “olhai para mim (Jesus) e sereis salvos (homem), todos os termos da terra, porque eu sou Deus (verdadeiro), e não há outro (único)”.
O caminho do Crente é iluminado pela palavra de Deus.
Sua visão é aperfeiçoada pela palavra de Deus.
Sua vida é direcionada pelo Espírito Santo.
O Crente vê no passado alguém derramando o seu sangue para salvá-lo.
O Crente vê no presente seus pecados sendo purificados por esse sangue.
O Crente vê no futuro pela fé o encontro mais desejado da sua vida com Jesus que morreu, pagou o preço com seu sangue, e veio buscar o seu povo especial zeloso de boas obras.
Passado morreu e ressuscitou por nós, no presente intercede por nós à destra do Pai, e no futuro está prestes aparecer em glória para buscar-nos e nos levar deste mundo de densas trevas.Por isso estamos seguindo o conselho de Jesus; “Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo”. Marcos 13-33.
A direção do olhar do Crente é sempre na direção de Cristo, seja no passado, presente ou futuro, não temos outra direção olhar, pois só nele a salvação, Ele é o único Caminho, Ele é a absoluta Verdade, somente Nele encontramos a vida eterna e está é na gloriosa luz de Deus Pai.
Perder a visão espiritual hoje é um risco que corremos constantemente.
Quando olhamos para nossa capacidade, sabedoria, habilidades, força e nisto confiamos, mais que em Jesus, estamos cegos.
Quando olhamos para nosso dinheiro, fama, sucesso e confiamos mais nisto do que em Jesus, estamos cegos.
Quando os nossos olhos estão em nós, no eu, nos tornamos antropocêntricos, e a nossa comunhão com Cristo se torna ilusória, pois deixamos de olhar para seus feitos do passado deixados como exemplo, em servir, amar, ajudar, estar junto, ensinar, dar o sustento necessário e principalmente usar de misericórdia, se isto acontece e nossos olhos não estão em Cristo o diagnóstico é: cegueira.
Neste presente momento Ele continua agir a destra do Pai ao nosso favor, então é hora de olharmos pra Jesus, pois Ele é Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Princípe da Paz.
Este é apenas alguns problemas que nos veremos envolvidos caso não colocarmos nossos olhos na direção certa, na pessoa de Jesus Cristo, autor e consumador de nossa fé. Se quisermos ser salvos é indispensável que nossa visão esteja em Jesus nosso Senhor. Louvado seja Deus por tudo! Amém!

                                                                                                                                        Jean R. Maia



terça-feira, 27 de setembro de 2011

A PARÁBOLA DA RÃ




“Seja outro o que te louve, e não a tua boca; 
o estrangeiro, e não os teus lábios.”
Pv 27.2



Quem não gosta de receber um elogio? O elogio é um instrumento poderoso para estimular a autoconfiança. O problema é quando se vive movido por elogios, quando as atitudes só ganham importância no momento em que são reconhecidas e aplaudidas. Para alguns, é tão necessário que se autoelogiam para mostrar aos outros o quanto são bons! Vou lhe contar a história da rã. Uma rã se perguntava como podia afastar-se do clima frio do inverno. Uns gansos lhe sugeriram que emigrasse com eles, mas o problema era que a rã não sabia voar.“Deixem-me pensar – disse a rã – tenho um cérebro esplêndido.”






Logo pediu a dois gansos, que a ajudaram a apanhar um galho forte, cada um sustentando-o por uma extremidade. A rã pensava em segurar-se pela boca. Gansos e a rã começaram a travessia e em pouco tempo passaram por uma pequena aldeia, e os habitantes saíram para ver o inusitado espetáculo. Alguém perguntou: “De quem foi tão brilhante ideia?”. Assim, a rã se sentira tão orgulhosa e com tal sentido de importância, que exclamou: “Foi minha!”. Seu orgulho foi sua ruína, porque no momento que abriu a boca, se soltou do galho, caiu no vazio e morreu.





Ore


Deus, tira de mim todo sentimento que me faz querer ser visto pelos homens. Não quero ter necessidade de receber elogios, seja de outros ou de meus próprios lábios. Em nome de Jesus.
..

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Examinando Nosso Arrependimento

    Thomas Watson



Nascido em 1620, Thomas Watson estudou em Cambridge (Inglaterra). Em 1646, iniciou um pastorado de dezesseis anos em Londres. Entre suas principais obras, estão o seu famoso Body of Pratical Divinity (Compêndio de Teologia Prática), publicado postumamente em 1692.



Se alguém diz que se arrependeu, desejo que examine-se a si mesmo, seriamente, por meio dos sete... efeitos do arrependimento delineados pelo apóstolo em 2 Coríntios 7.11.

 
1. Cuidado. A palavra grega significa uma diligência intensa ou um esquivar-se atento de todas as tentações ao pecado. O homem verdadeiramente arrependido foge do pecado como Moisés fugiu da serpente.



2. Defesa. A palavra grega é apologia. O sentido é este: embora tenhamos muito cuidado, podemos cair no pecado devido à força da tentação. Ora, nesse caso, o crente arrependido não deixa o pecado supurar em sua alma; antes, julga a si mesmo por causa de seu pecado. Derrama lágrimas perante o Senhor. Clama por misericórdia em nome de Cristo e não O deixa, enquanto não obtém o seu perdão. Assim, em sua consciência, ele é defendido da culpa e se torna capaz de criar uma apologia para si mesmo contra Satanás.


3. Indignação. Aquele que se arrepende levanta o seu espírito contra o pecado, assim como o sangue de alguém sobe quando ele vê um indivíduo a quem odeia mortalmente. A indignação significa ficar importunado no coração por causa do pecado. O penitente sente-se inquieto consigo mesmo. Davi chamou a si mesmo de “ignorante” e “irracional” (Sl 73.22). Agradamos mais a Deus quando arrazoamos com nossa alma por conta do pecado.


4. Temor. Um coração sensível é sempre um coração que teme. O penitente sentiu a amargura do pecado. Este vespa o ferrou, e agora, tendo esperança de que Deus está reconciliado, ele teme se aproximar novamente do pecado. A alma penitente está cheia de temor. Tem medo de perder o favor de Deus, que é melhor do que a vida, e receia que, por falta de diligência, fique aquém da salvação. A alma penitente teme que, depois de amolecido o seu coração, as águas do arrependimento sejam congeladas, e ela seja endurecida no pecado novamente. “Feliz o homem constante no temor de Deus” (Pv 28.14)... Uma pessoa que se arrependeu teme e não peca; uma pessoa que não tem a graça de Deus peca e não teme.


5. Desejo intenso. Assim como o bom tempero estimula o apetite, assim também as ervas amargas do arrependimento estimulam o desejo. O que o penitente deseja? Ele deseja mais poder contra o pecado, bem como ser livre deste. É verdade que ele está livre de Satanás; mas anda como um prisioneiro que escapou da prisão com algemas nas pernas. Ele não pode andar com liberdade e destreza nos caminhos de Deus. Deseja, portanto, que as algemas do pecado sejam removidas. Ele quer ser livre da corrupção. Clama nas mesmas palavras de Paulo: “Quem me livrará do corpo desta morte?” (Rm 7.24). Em resumo, ele deseja estar com Cristo, assim como tudo deseja estar em seu devido lugar.



6. Zelo. Desejo e zelo são colocados lado a lado a fim de mostrar que o verdadeiro desejo se manifesta em esforço zeloso. Oh! como o crente arrependido se estimula nas coisas pertinentes à salvação! Como se empenha para tomar por esforço o reino de Deus (Mt 11.12)! O zelo incita a busca pela glória. Ao se deparar com dificuldades, o zelo é encorajado pela oposição e sobrepuja o perigo. O zelo faz o crente arrependido persistir na tristeza santa mesmo diante de todos os desencorajamentos e oposições. O zelo desprende o crente de si mesmo e leva-o a buscar a glória de Deus. Paulo, antes de sua conversão, era enfurecido contra os santos (At 26.11). Depois da conversão, ele foi considerado louco por amor a Cristo: “As muitas letras te fazem delirar!” (At 26.24). Paulo tinha zelo e não delírio. O zelo causa fervor na vida espiritual, que é como fogo para o sacrifício (Rm 12.11). O zelo é um estímulo para o dever, assim como o temor é um freio para o pecado.



7. Vindita. Um crente verdadeiramente arrependido persegue os seus pecados com uma malignidade santa. Busca a morte dos pecados como Sansão queria vingar-se dos filisteus pelos seus dois olhos. O crente arrependido age com seus pecados da mesma maneira como os judeus agiram com Cristo. Ele lhes dá fel e vinagre para beberem. Crucifica as suas concupiscências (Gl 5.24). Um verdadeiro filho de Deus busca a ruína daqueles pecados que mais desonram a Deus... Com o pecado, Davi contaminou o seu leito; depois, pelo arrependimento, ele inundou seu leito com lágrimas. Os israelitas pecaram pela idolatria e, posteriormente, viram como desgraça os seus ídolos: “E terás por contaminados a prata que recobre as imagens esculpidas e o ouro que reveste as tuas imagens de fundição” (Is 30.22)... As mulheres israelitas que haviam se vestido à moda da época e, por orgulho, tinham abusado do uso de seus espelhos ofereceram-nos depois, tanto por zelo como por vingança, para o serviço do tabernáculo de Deus (Êx 38.8). Com o mesmo sentimento, os mágicos... quando se arrependeram, trouxeram seus livros e, por vindita, queimaram-nos (At 19.19).



Estes são os benditos frutos e resultados do arrependimento. Se os acharmos em nossa alma, chegamos àquele arrependimento do qual nos arrependeremos (2 Co 7.10).

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Extraído de The Doctrine of Repetance, reimpresso por The Banner of Truth Trust.
Traduzido por: Wellington Ferreira
Copyright© Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.






terça-feira, 21 de junho de 2011

Faça missão agora ou nunca mais!

Faça missão agora ou nunca mais!



Missão é revelada pelas sagradas escrituras como o plano de Deus delegado aos homens para levar o evangelho do reino a toda criatura. Neste plano divino estava incluso seu filho que se tornou exemplo, evidencia, meio, incentivo, intermédio, caminho, verdade, vida, salvador, redentor, justificador, aliás, para resumir ele, Jesus, tornou-se a mensagem de salvação aos pecadores.


Jesus não perdeu tempo após ser revestido de poder no rio Jordão no dia de seu batismo, ele percorria todas as cidades e aldeias, ensinando, pregando, curando, libertando aos homens.


Jesus Cristo deixa claro no seu exemplo que se não fizermos missão de imediato nunca mais faremos, pois iniciamos um processo de desculpas esfarrapadas, negligenciando a vontade de Deus. Mas o imperativo do IDE de Cristo tem movido vidas para a maior missão de todos os tempos, ganhar almas para o reino de Deus.


Seguindo o exemplo do maior missionário que já esteve na terra, Jesus, muitos estão se movendo de seu comodismo, para uma vida dinâmica e missionaria na face desta terra.


Sempre a alguém disposto a fazer a vontade do Pai, assim como Cristo o fez.


A terra está num caos e o seu meio de desenvolvimento tem lhe autodestruído, a tecnologia, modernidade, estratégias de crescimento mal intencionadas, poluição consequência da industrialização e destruição do meio ambiente, tem somado para os grandes acontecimentos catastróficos.


A sociedade está um caos, pois a uma inversão desmedida de valores morais, o homem desrespeitando a todo instante a forma em que fora criado entregando-se a todo tipo de pecado. Homossexualismo, prostituição, abuso de menores, drogas, violência descontrolada, corrupção, avareza, luxuria, cobiça, e muito mais, sãos os reflexos da sociedade em que vivemos.


O Evangelista Mateus no capitulo nove do versículo 35 ao 38 nos descreve a importância que Jesus dava a sua missão na terra. Ele descreve algumas evidencias do ministério missionário de Cristo. Vamos neste estudo devocional deixar que o espirito santo nos constranja a fazermos missão agora.


• E percorria Jesus... Isto indica que o mestre das missões, estava sempre procurando alcançar novas cidades, aldeias, pessoas.


• Ensinando nas sinagogas deles,... Isto nos deixa claro que ele tinha uma missão também com aqueles que se achavam já salvos por cumprir a lei, por estar na sinagoga aprendendo com os doutores da lei, Ele queria ensinar, convencer, justificar, perdoar, salvar os homens das garras do legalismo, que se gloriavam das suas obras, era uma missão difícil, mas Jesus cumpriu a lei, sem a transgredir, foi perfeito em sua missão.


• E pregando o evangelho do reino... As boas novas teriam que chegar ao coração dos homens, o reino eterno e celestial, regido por Cristo, teria que fazer parte da vida do homem, então Jesus prega sobre o reino de Deus sem perder se quer um segundo.


• E curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo... Sua missão era também marcada pela força do poder de Deus, onde enfermidades e moléstias eram exauridas dos homens. Chama a nossa atenção o fato de Jesus ter dado sempre força a mudar a vida dos homens no campo espiritual, para isso muitas vezes teve que intervir no corpo enfermo, desenganado, às vezes já em estado de decomposição como no de Lázaro, ou seja, no corpo físico do ser humano. Ele curava, para que as portas do coração dos homens se abrissem a crer que o evangelho do reino era verdadeiro e único caminho de salvação.


• Jesus ministrava o evangelho em todos os lugares com evidencias sobrenaturais.






TRÊS CARACTERISTICAS DE UM MISSIONÁRIO SEGUNDO EXEMPLO DE CRISTO


VISÃO: “E, vendo a multidão,...” Ele nos mostra uma grande deficiência da igreja nos nossos dias, a falta de visão missionária, os olhos do povo está muito mais atento às recompensas terrenas do que com as almas que estão a nossa volta perecendo no cativeiro do pecado. A visão de Cristo quanto às almas deve ser a visão missionária da igreja dos nossos dias. Sondar a multidão em suas necessidades e não despedi-las no estado em que estão.


COMPAIXÃO: “... teve grande compaixão deles,...” No interior de Cristo se evidenciou um sentimento se assim posso descrever, que revela outra grande deficiência da igreja de Cristo dos nossos dias, à compaixão. Nos que desejamos ver a expansão do reino de Deus na terra, se não sermos movidos pela compaixão, não saímos ao encontro das multidões, alias fica aqui uma ressalva que os evangelizadores estão procurando sim as multidões, mas daqueles que já se entregaram Cristo, esses os bajulam, lisonjeiam, mas as multidões que Jesus observava, e tinha compaixão eram excluídos da sociedade, pobres, indoutos, sem nenhum recurso, salve as exceções dos formidáveis encontros com publicanos, jovem rico, Zaqueu, porém tinham a vida espiritual em miséria. Jesus demonstrava seu desejo em ajudar a todos que se aproximavam dele sem esperar nada em troca. Alias compaixão, caridade, amor, nunca é movido pelo interesse próprio, mas em prol aos próximos necessitados. Compaixão é uma característica daquele que segue os passos do maior missionário de todos os tempos, Jesus Cristo Salvador e Senhor de nossas vidas.


REAÇÃO: Jesus vê a multidão, tem grande compaixão, por que estavam como ovelhas desgarradas e errantes como ovelhas que não tem pastor, então olha pra seus discípulos e evidencia que a seara é grande, mas poucos são os ceifeiros, ou seja, poucos seguem seu exemplo, poucos têm observado a multidão, poucos têm compaixão das almas, poucos trabalhadores na seara do Senhor. Isto revela-nos a falta destas características missionárias na igreja, pois a igreja de Cristo tem a mente de Cristo, o sentimento de Cristo, a visão de Cristo, a compaixão de Cristo, enfim somos seus discípulos, então façamos o que Ele nos ordenou: Rogai, pois ao Senhor da seara que mande ceifeiros para sua seara. Eu creio que dentro destas características muitos estão em falta, até estão nos cultos de missão, contribuem, mas perderam a essência da vida de missão nesta terra, ver, sentir, reagir, ver a multidão e ter compaixão da situação em que se encontram e rogar ao Senhor que nos desperte a fazer mais e mande mais ceifeiros para sua grande seara.